sexta-feira, 30 de outubro de 2009

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Alunos da 4ª série brincam de tráfico em escola pública gaúcha

Professora flagrou aluno que embalava pó de giz, simulando cocaína.
Na brincadeira, grupos teriam de conquistar bocas de fumo.

Crianças de uma escola pública de Sapucaia do Sul (RS) substituíram o esconde-esconde ou pega-pega por outra brincadeira que mostra como o tráfico influencia o cotidiano infantil na Região Metropolitana. Elas começaram a brincar de traficante.

Segundo testemunhas, eles quebraram o giz da lousa, moeram até que virasse pó e embalaram em plásticos. Na brincadeira, grupos teriam de angariar mais usuários e conquistar bocas de fumo. O caso ocorreu em sala de aula e envolveu crianças da quarta série do ensino fundamental, entre nove e dez anos. O nome da instituição será mantido em sigilo para preservar os alunos, em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente.

"Isso ocorreu, mas a gente conversou com eles e eles pararam", assegurou a diretora do colégio, sem dar detalhes.

Segundo uma professora, a descoberta aconteceu por acaso. Ela conta que uma colega perguntou a um aluno por que ele estava quebrando giz. Foi quando a criança mostrou os sacos plásticos com pó.

Para o doutor em Educação Euclides Redin, professor de políticas de educação infantil da Unisinos, o ideal é que a brincadeira sirva de alerta para tentar mudar a ligação das crianças com o mundo das drogas.

"Casos como esse devem chamar a atenção da comunidade para mostrar que a criança está vivendo em locais onde o tráfico tem força grande. Se a gente tirar essa realidade do cotidiano delas, certamente vão brincar de outras coisas", afirmou.

Subcomandante da Brigada Militar de Sapucaia do Sul, o capitão Célio Vargas de Oliveira concorda com o especialista. Ele soube da brincadeira por uma informação anônima e pretende combinar palestras nas escolas.

"A brincadeira não é um crime, e sim um reflexo do que essas crianças convivem no dia a dia, em suas comunidades e, às vezes, até dentro da própria casa. Em Sapucaia, perto de escolas sempre tem uma invasão, que são os locais onde mora a maioria dos traficantes. Se o ponto não é na frente do colégio, fica a três, quatro quadras", afirmou o oficial.
Alerta
A brincadeira alarmou a Secretaria Municipal de Educação. O secretário Adilpio Zandonai reunirá as 26 escolas de Sapucaia do Sul para tratar sobre o avanço das drogas entre os adolescentes.

"Pode ter sido em tom de brincadeira, mas temos de coibir e acabar com isso", disse o secretário.

(*Com informações do jornal Zero Hora)

 

Sugestão de livros...






 
 
A pequena ditadora tem cabelos pretinhos na altura das orelhas e, de presilhas vermelhas, enfeitando a franja, é do tipo que não leva desaforo pra casa. Pelo contrário, poderia até chamar-se Valentona. Tudo tem que ser no minuto que ela quer e do jeito que lhe agrada também. A descrição acima, que pode parecer familiar a muitos pais, foi escrita pelo jornalista Luciano Trigo, autor do livro "A Pequena Ditadora" (Galerinha Record, 2009). Nele, Trigo conta a história de uma garotinha chamada Valentina, que adora mandar. A história foi inspirada no temperamento de sua filha, que tem o mesmo nome da personagem e, com apenas cinco anos, já sai por aí dando suas ordens.
No decorrer da história, a menina aprende não só que as coisas não podem ser sempre do seu jeito, como também que é preciso saber dividir. O autor dedicou a obra aos pais e professores que andam desesperados por impor limites aos pequenos, visto que, encontrar por aí pequenos ditadores, é cada vez mais frequente. Para ajudar os pais a lidar com os "mandantes mirins", a Livraria da Folha selecionou alguns livros escritos por psicólogos e educadores, falando sobre a necessidade de se impor limites às crianças desde cedo.